quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ORGANICIDADE

Quais são os limites da cidade... certamente não respeitam os perímetros urbanos... Em qualquer cidade suas fronteiras são diluídas por diferentes ações que vêm da comunicação, das tecnologias, mas principalmente pelas possibilidades de interações reais e virtuais... Fui a uma festa -  HUMANIFESTO em Joanópolis encontrei amigos de Atibaia, Piracaia e Bragança. Amigos que se conversam e interagem em redes como o Facebook. Questões advindas de olhares atentos são ali suscitadas e o diálogo é provocado. De festa à promoção de encontros buscando o desenvolvimento e melhorias do lugar onde se vive. A questão é: Até que ponto estão realmente engajados, militantes e protoganizadores de seus espaços. Muitos, a grande maioria fica em: "O que a Prefeitura está fazendo?" "O que a Cidade faz por mim?" e na diáletica propositiva - não se questiona "O que estou fazendo pela cidade?" Ora, se tantos se desconhecem enquanto cidadãos, não sabem de suas vocações, como podem evocar a vocação da cidade?
Em Piracaia qual seria o lugar de exercer a Cidadania. Mas será que ela, ou melhor, esse exercício necessita mesmo de um espaço específico para si.

Também por meio deste já havíamos combinado uma reunião/movimento pelas praças de Piracaia, por conta da derrubada de árvores condenadas que vem acontecendo. Pessoas se mobilizam em torno de grupos ambientais. Em Piracaia há no quesito ambiental o GEPAP e o MOMA - além do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMDEMA; em termos culturais: o Conselho de Cultura; Mulheres de Gaia... Iniciativas pontuais e eventuais geralmente como tentativas de resistências fazem frente a demandas ambientais. O discurso administrativo é: há 15 ou 20 anos estas árvores estão condenadas (nesse tempo nada se fez por elas, a não ser podas incorretas). Há anos a Cidade não respeita seu rio Cachoeira, agora canalizará parte dele. O patrimônio arquitetônico em processo de tombamento vem sofrendo alterações significativas. As principais praças são replanejadas a bel prazer das administrações. Há também um Plano Diretor que o cidadãos desconhecem e também desconhecem as reformulações que este está sofrendo, sendo uma delas, talvez a mais importante que é a questão da expansão urbana. Está já foi fechada e não cabe mais modificações. Interessante observar que o grupo que participou desta reformulação é o grupo de interesse imobiliário.

A Cidade pulsa, mas ao que parece a cidadania é uma questão de privilégios e não de direito. Como seria uma educação para a cidadania? quem sabe uma educação orgânica - no sentido biológico do termo...
O R G A N I C I D A D E


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